O diretor de futebol do Flamengo, José Boto, trouxe à tona um debate relevante sobre a aplicação do Fair Play Financeiro no futebol brasileiro. Em entrevista recente, o dirigente destacou que muitas pessoas não compreendem o verdadeiro conceito da regra e cobrou maior atuação da CBF para garantir equilíbrio entre os clubes.
Segundo Boto, o Fair Play Financeiro deveria ser aplicado de forma simples e objetiva, tanto no futebol quanto na vida pessoal: não gastar mais do que se tem. Para o dirigente, a ausência de controle permite que equipes montem elencos caros sem cumprir com seus compromissos financeiros, gerando um cenário de competição desleal.
“As pessoas falam muito de Fair Play Financeiro, mas não sabem o que é isso. Fair Play Financeiro é algo que todos nós devíamos fazer na nossa casa, que é não gastarmos mais dinheiro do que temos. E o que acontece é que os clubes acabam fazendo uma competição desleal porque gastam o dinheiro que não têm e não pagam as dívidas que têm”, afirmou.
Cobrança por medidas mais rígidas da CBF
O dirigente lembrou que, no futebol europeu, a FIFA já aplica restrições a clubes que não cumprem com suas obrigações financeiras, impedindo-os de inscrever novos jogadores até que quitem suas dívidas. Ele citou exemplos como Leixões e Estrela Amadora, que foram punidos enquanto não resolveram pendências com o Flamengo.
Boto cobrou que medidas semelhantes sejam adotadas no Brasil, para evitar a concorrência desleal e trazer mais responsabilidade financeira aos clubes. Segundo ele, apenas com regras claras e punições efetivas será possível nivelar a competição de forma justa.
Diretor do Flamengo critica distorções no Fair Play Financeiro e cobra postura firme da CBF |